No livro Todo domingo, com os artigos de Cacá Diegues, poderão ser saboreados os artigos de Diegues publicados no jornal O Globo, entre 2010 e 2017. Embora seu autor seja um dos mais sólidos cineastas do país, este não é um livro de cinema. “Este é um livro sobre o Brasil”, resume o crítico de cinema Rodrigo Fonseca, organizador da publicação. As reflexões de Diegues podem partir de notícias, leituras e filmes, ou ainda de um pênalti perdido, de eleições, ou de qualquer outro lugar que o instigue a analisar e escrever sobre a identidade do povo brasileiro. São assuntos do cotidiano, de política e economia, de cultura e comportamento, além das esquisitices, dos TOCs e das belezas que fazem o país ser o que é. Em seus artigos, o autor despe seus textos de qualquer tom acadêmico e exercita uma crítica da razão irônica, numa espécie de bate-papo com o leitor de uma manhã de domingo.
“Os textos que compõe este livro prolongam não somente o desejo de pensar o Brasil, mas também refletem a preocupação em imaginá-lo e reinventá-lo. [...] Este livro é, sobretudo, um projeto de resistência contra o empobrecimento do debate, da língua, do ofício de escrever. E gera o mesmo encantamento que permeia a obra cinematográfica de Carlos Diegues.” – Walter Salles
Sobre o autor
Um dos mais respeitados intérpretes do Brasil, o cineasta, produtor e escritor Cacá Diegues traduziu em filmes a identidade social, política e cultural do povo brasileiro. Alagoano que mora no Rio de Janeiro desde criança, e um dos fundadores do Cinema Novo, Diegues foi indicado três vezes à Palma de Ouro do Festival de Cannes, à qual concorreu com Bye bye Brasil (1980), Quilombo (1984) e Um trem para as estrelas (1987). Realizou 37 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Com filmes exibidos comercialmente em todos os continentes, participou das seleções oficiais dos mais importantes festivais internacionais de cinema, como Cannes (onde também foi membro do Júri, em 1981 e 2010), Veneza, Berlim, Toronto, Locarno, Montreal, San Sebastián e Nova York. Entre seus filmes premiados no exterior estão Orfeu, eleito melhor filme na Mostra de Cartagena, em 2000, e O maior amor do mundo, vencedor do Gran Prix des Amériques, em Montreal, em 2006. No Brasil, um de seus maiores fenômenos de bilheteria, Xica da Silva (1976), que anunciava a volta da alegria democrática, conquistou o troféu Candango de melhor filme e de melhor diretor no Festival de Brasília. Tieta do agreste (1996) e Deus é brasileiro (2002), adaptados de grandes obras da literatura nacional, também figuram entre os filmes de maior público. Em 1998 recebeu do governo francês o título de “Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres” e foi agraciado com a medalha da Ordem de Mérito Cultural, outorgada pelo governo do Brasil, em 2001. Cacá Diegues tem outros nove livros publicados e, desde 2010, escreve regularmente artigos para jornal O Globo.
Ficha Técnica
Autor Cacá Diegues
Organizador Rodrigo Fonseca
Idioma Português
Páginas 352
ISBN 9788555910388
Capa Mariana Bernd
Encadernação Brochura
Formato 14 x 21 cm
Ano 2017