Antonio Obá

R$ 158,00

Obrigado! Enviado com sucesso.

Problema ao enviar, tente novamente.

Com textos das curadoras Diana Campbell e Diane Lima, o livro Antonio Obá reúne pinturas, objetos e performances criados pelo artista que vive e trabalha em Brasília. A arte de Obá investiga as contradições na construção do Brasil, refletindo sobre a ideia de uma identidade nacional a partir do tensionamento da memória racial, histórica e política do país. Perturbando arquétipos e padrões impostos pela sociedade, suas obras tiram o corpo negro de um lugar de vergonha e exploração para, em suas próprias palavras, “recuperar, reconfigurar e narrar imagens que podem resgatar a dignidade de um corpo que foi historicamente negado, marginalizado, comercializado, distorcido e apagado.”

Assim, nascida do corpo, a arte de Antonio Obá posiciona sua prática no contexto da performance ritual, da crítica à violência racial e no centro do vasto repertório cultural-religioso que habita o território brasileiro. Uma de suas pinturas, Dança dos meninos (2021), inspirada por um videoclipe de Milton Nascimento, carrega o vermelho da terra de Minas Gerais – marcada pela opressão nas relações trabalhistas, religiosas e raciais – conforme as figuras de oito jovens negros criam um novo significado a partir do passado, através de uma dança de liberdade. O Brasil está na essência inclusive de criações como Wade in the Water II (2020), o artista faz uma referência à figura imortalizada de George Floyd. que, assumindo poderes de Iemanjá – orixá que, na religião do candomblé, domina as águas –, caminha, destemido, sobre o mar que se abre, em direção ao espectador.

Como escreve a curadora americana Diana Campbell, a arte de Antonio Obá, “subvertendo e manipulando a história como forma de transcender e transfigurar a partir da dor do passado”, atrai “nosso desejo coletivo por um futuro mais igual, amoroso e justo”. O poder artístico de sua obra vem da construção da “narrativa de um corpo negro que transcende o sofrimento e retorna às suas origens nobres munido de todas as lições adquiridas ao longo de gerações de sacrifícios e lutas dos movimentos de solidariedade”.

Sobre o artista
Antonio Obá nasceu em 1983 em Ceilândia (DF) e vive e trabalha em Brasília. Suas exposições incluem Path, Oude Kerk, Amsterdam; Antonio Obá: Fables, X Museum, Pequim (2022); Carolina Maria de Jesus, um Brasil para os brasileiros, IMS Paulista, São Paulo (2021); Enciclopédia Negra, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (2021); TUYMANS – CAHN – OBA, Bourse de Commerce – Pinault Collection, Paris (2021); Possédé·e·s, MO.CO, Montpellier (2020); 36º Panorama da Arte Brasileira, MAM, São Paulo (2019); Histórias Afro-Atlânticas, MASP / Tomie Ohtake, São Paulo (2018); Arte Democracia Utopia - quem não luta tá morto, MAR, Rio de Janeiro (2018); Pipa Prize 2017, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro (2017); entre, Casa da américa Latina, Brasília (2016); My body is a cage, Galeria Luciana Caravello, Rio de Janeiro (2016); ONDEANDAAONDA, Museu Nacional da República, Brasília (2015); OCUPAÇÃO, Elefante Centro Cultural, Brasília (2014); Impermanências, Galeria de Arte Dulcina de Moraes, Brasília (2008); Sob o signo de um novo olhar, Centro Cultural do SESI, Brasília (2003).

Sobre as autoras
Diana Campbell é curadora, formada pela Universidade de Princeton. Trabalha desde 2010 no Sul e no Sudeste da Ásia, principalmente na Índia, em Bangladesh e nas Filipinas. Desde 2013, atua como diretora artística da Samdani Art Foundation (Fundação de Arte Samdani), em Daca, Bangladesh, e como curadora-chefe da Dhaka Art Summit (Cúpula de Arte de Daca). Campbell foi diretora artística do Bellas Artes Projects, nas Filipinas, programa sem fins lucrativos que promove residências e exposições em Manila e em Bataan, e curadora do programa Frieze Projects de Londres, nas edições de 2018 e 2019 da feira de arte. É também presidente do conselho do Mumbai Art Room. Diana Campbell tem escritos publicados pelas revistas Mousse, Frieze e Art in America, pelo MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), entre outras publicações.

Diane Lima integra a equipe de curadores da 35ª Bienal de São Paulo, que acontecerá em 2023, e o comitê̂ curatorial da nova exposição de longa duração do acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). É curadora de Vuadora, mostra retrospectiva do artista Paulo Nazareth, na galeria Pivô em São Paulo, de Path [Caminho], exposição de Antonio Obá na Oude Kerk, em Amsterdã̃, e da 3a edição de Frestas – Trienal de Artes, do SESC-SP, intitulada O Rio é uma Serpente. Suas palestras, textos e entrevistas tiveram grande repercussão em instituições como o MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), a New York University (Universidade de Nova York), o centro cultural Matadero Madrid, a Hochschule der Künste Bern [Universidade de Artes de Berna], na Suíça, o Hoger Instituut voor Schone Kunsten (Instituto Superior de Belas- Artes), na Bélgica, o Patrícia Phelps de Cisneros Research Institute (Instituto de Pesquisa Patricia Phelps de Cisneros) e na Netflix.

Ficha Técnica
Autoras Diana Campbell e Diane Lima
Tradutora Adriana Francisco
Projeto gráfico Elif Tanman
Idioma Português / Inglês
Número de páginas 220
ISBN 978-65-5691-074-1
Formato 22 x 25 cm
Encadernação Capa dura
Ano de publicação 2022

Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá
Antonio Obá | Antonio Obá

Nome:

Email:

Estado:

Cidade:

Data de nascimento:

/ /

Qual seu gênero?

Áreas de Interesse:

Quais:

Editora Cobogó usa cookies para personalizar a comunicação e melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.